domingo, 3 de outubro de 2010

Mary & Max


Assisti esse stop-motion no final de semana passado, demorei pra postar sobre, mas não posso deixar passar em branco.
É a estreia de Adam Elliot na direção de longas metragens, venceu o Oscar 2003 de melhor curta animado, ganhou o Crystal Bear no Festival de Berlim 2009, só pelo currículo já da pra sacar que esse filme é uma grata surpresa.
O filme é baseado em fatos reais, sobre a amizade entre uma menina de 8 anos, australiana, gordinha, complexada e solitária, filha de uma depressiva alcoólatra e um pai ausente que passa suas horas de folga empalhando animais e um novaiorquino, judeu, de 44 anos com Síndrome de Aspergerde.
De uma súbita curiosidade de descobrir os rostos por tras dos nomes na lista telefônica, surge essa história que parece engraçadinha e clichê, mas que na verdade tem sacadas inteligentes e nada ingênuas.


É uma critica a sociedade individualista em que vivemos, mostrando os vícios e as fobias de cada personagem.
Mary vê tudo em tons marrons, enquanto que Max vê tudo em preto-e-branco. E o encontro dessas visões emociona a todo minuto, numa overdose de originalidade e delicadezas.

"A vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro"

Um comentário:

Bijou disse...

Hum, gostei da premissa do filme, bem diferente.